quarta-feira, 28 de abril de 2010

Pensando no bem dos filhos?

StGianna

Acompanhamos nestes dias a notícia da autorização da Justiça no Rio Grande do Sul para que um casal homossexual(duas mulheres) sejam consideradas legalmente e conjuntamente  responsáveis por duas crianças adotadas.

O argumento dos promotores foi o de que se deve pensar no bem das crianças.

Bem das crianças? E o direito de terem um pai e uma mãe? Não dois pais ou duas mães… Um pai e uma mãe! Alguém pode argumentar, como no caso de um dos promotores, que é melhor ter duas mães ou dois pais do que permanecer em uma instituição à espera de adoção.

É verdade, permanecer à espera de adoção é uma situação desumana, mas, por que tanta morosidade na resposta aos vários casais que esperam para adotar um filho? Na maioria dos casos a espera tem motivos burocráticos, má vontade de alguns que trabalham nos órgãos responsáveis por adoções, e não por zelo para que as crianças adotadas encontrem pais capacitados para cuidarem delas.

Como explicar o caso, também noticiado nestes dias, de uma desembargadora que usava de violência contra uma criança por ela adotada? Onde estava o zelo quando se deu a guarda da criança a essa senhora?

Quando se fala de direitos temos muito que pensar. O que geralmente acontece é que os direitos dos menores são sempre colocados em segundo plano. Precisamos pensar no “direito” dos casais homossexuais em adotar filhos, no “direito” das mulheres para abortar, no “direito” de tirar a própria vida em casos de sofrimento, no “direito” de deixar alguém morrer porque não há mais esperança de recobrar a saúde…

Mas quem pensa e defende o direito de uma criança poder nascer? De uma criança ter um pai e uma mãe? De alguém continuar vivendo mesmo que em condições extraordinárias (uma doença incurável, em estado vegetativo)?

Temos nos deixado levar por modismos, alguns dos quais já presentes há muito tempo em países chamados do “primeiro mundo”. Claro: não podemos ficar atrás… As consequências de tudo isso? Eles já começam a perceber. E nós? Quando vamos nos dar conta que muitos desses fatos são motivados por puro egoísmo, uma pseudo-liberdade que jamais saberá o que significa renúncia, doação, altruísmo…

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