Desde o ano 2005 a Igreja no Brasil
comemora no dia 8 de outubro o Dia do Nascituro.
A data está inserida em um contexto
significativo: no Brasil estamos no início da primavera, tempo em que a vida
floresce; é o encerramento da Semana da Vida; aproxima-se a celebração do Dia
da Criança.
Neste contexto de alegria e esperança a
Igreja propõe uma semana de reflexões e orações pela vida nascente. Diante de
tantos ataques que vêm sofrendo, a vida humana, dom de Deus, necessita ser
amparada e tutelada desde a sua concepção até seu fim natural. A vida é o
fundamento sobre o qual se apóiam todos os demais valores.
É interessante notar como a sociedade se
comove diante de situações limites a que estão submetidos tantos irmãos e irmãs
e que são constantemente motivo de longas reportagens ou programas de
entretenimento que visam tão somente a atenção do público através do apelo
emocional e nada profundo (novelas, filmes, programas dominicais...)
Esta mesma sociedade que se deixa emocionar
por uma família que vê sua casa ser transformada em um lugar habitável em um
programa de televisão, não é capaz de se comover pelos tantos abortos cometidos
a cada ano; pelo uso indiscriminado de embriões – diga-se, seres humanos – para
fins científicos, o que significa a morte deste embrião; pelas tantas crianças
abandonadas em orfanatos porque concebidas em uma relação imatura e
descompromissada, pela apoio à luta pelos direitos das mulheres e uma quase
total omissão na luta pelos direitos da criança já desde a sua concepção.
“O Evangelho da vida está no centro da
mensagem cristã (Evangelium Vitae, 10). Deus, que é o Senhor da Vida, confiou
aos homens o nobre encargo de preservá-la (Gaudium ET Spes, 51). Por isso, a
Igreja declara que o respeito incondicional do direito à vida de toda pessoa –
desde a sua concepção até a morte natural – é um dos pilares sobre o qual
assenta toda a sociedade e um estado verdadeiramente humano. Defender este
direito primário e fundamental à vida humana é um dever do Estado.
Atuar em favor da vida é contribuir para a
renovação da sociedade através da edificação do bem comum. De fato, não é
possível construir o bem comum sem reconhecer e tutelar o direito à vida,
fundamento de todos os demais direitos inalienáveis do ser humano.
Não pode ter solidas bases uma sociedade
que se contradiz radicalmente, por um lado afirmando valores básicos como a
dignidade da pessoa, a justiça e a paz, mas por outro, aceitando ou tolerando
as mais diversas formas de desprezo e violação da vida humana, sobretudo as
mais frágeis e marginalizadas. Só o respeito à vida pode fundar e garantir bens
tão preciosos e necessários à sociedade como a democracia e a paz (cf
Evangelium vitae, 101)” ( Secren).
Em nossa Arquidiocese, convidamos todas as
comunidades a celebrarem com criatividade este dia. É preciso fazer ressoar ao
mundo nossa voz em defesa da vida. Seja dada atenção especial ao encontro com
as gestantes e seus esposos e também uma celebração no dia do Nascituro com a
bênção das gestantes. É também um momento oportuno para tratar das questões
ligadas à adoção de crianças.
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